sábado, 25 de abril de 2015

Armênia faz um minuto de silêncio em memória de vítimas de genocídio

Líderes mundiais fizeram nesta sexta-feira (24) um minuto de silêncio em Yerevan em memória das vítimas do episódio que alguns países chamam de "genocídio armênio", massacres ocorridos a partir de 1915 que deixaram cerca de 1,5 milhão de mortos.
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O presidente armênio, Serge Sargsián, agradeceu a presença dos líderes mundiais, entre eles os presidentes francês, François Hollande, e russo, Vladimir Putin, que deixaram flores no local, noticiou a agência AFP.


"Agradeço os que estão aqui para confirmar mais uma vez seu compromisso com os valores humanos, para dizer que nada foi esquecido, que depois de 100 anos nos lembramos", disse Sargsián, também na presença dos presidentes do Chipre, Nicos Anastasiades, e da Sérvia, Tomislav Nikolic.


O presidente francês disse, por sua vez, que a França se inclina ante as vítimas e não esquecerá jamais seu sofrimento.


"Me inclino ante a memória das vítimas e venho dizer aos meus amigos armênios que não esqueceremos jamais as tragédias que seu povo sofreu", declarou Hollande após depositar flores no memorial das vítimas.

Já Vladimir Putin afirmou que "nada pode justificar os massacres em massa". "Hoje compartilhamos o luto com o povo armênio", acrescentou. Putin advertiu que o neofascismo e o nacionalismo estão em alta no mundo, terminologia que ele usa para descrever o que a Rússia considera como elementos radicais na Ucrânia, país que está tentando acabar com uma rebelião de separatistas pró-Rússia no leste ucraniano.

"Mas, lembrando os trágicos acontecimentos dos últimos anos, temos de ser otimistas sobre o nosso futuro e acreditar nos ideais da amizade ... e do apoio mútuo ", afirmou Putin.

Massacre ou genocídio?
O massacre dos armênios é reconhecido como genocídio por cerca de 20 países, incluindo Argentina, Uruguai, Alemanha, França, Suíça, Rússia. O Parlamento Europeu e a Subcomissão para a Prevenção da Discriminação e Proteção das Minorias da ONU também já o fizeram.

A Turquia, no entanto, argumenta que não houve um plano de extermínio da população armênia e considera que se tratou de um conflito civil no qual morreram entre 300 mil e 500 mil armênios, mas que houve a mesma quantidade de vítimas turcas.

Os Estados Unidos, por sua vez, evitam usar o termo genocídio. Em 2008, o candidato Barack Obama prometeu reconhecer o genocídio armênio, mas até agora nunca usou essa expressão.

O Brasil também não reconhece oficialmente o "genocídio". Em referências ao massacre, o governo se diz solidário às vítimas do que classifica como tragédia, mas não menciona a palavra genocídio.
Fonte:G1Mundo

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